sábado, 27 de janeiro de 2007

Sem meias.


Tenho sentido falta das descobertas cientificas e viagens espaciais,das convocações da seleção brasileira e das polémicas do Caetano Veloso.Os jornais nem noticiam as frases do Lobão,e faz tantos domingos que não vejo um gol do Romário,os filmes em cartaz nunca trazem João Grilo novamente,e as livrarias que deram de ter vitrines e os cafés com mesa ao céu aberto.Até as pombas deixaram de comer pipoca doce ou muito salgada.
O mundo tem andando particular demais,as revistas de fofoca não vendem como antes.Todo mundo só quer saber de cuidar da própria vida,isto não é ter vida,meu ouvido sempre gostou daquelas fofocas ouvidas sem querer,finalizadas com um cara de espanto.
Espantado fico quando em um ponto de ónibus ninguém me pergunta a hora ou se no final do dia irá chover.Os horóscopo tem seu espaço cada vez mais resumido em jornais,e os resumos de novela tem suas letras cada vez menores,será que ninguém mais se importa com a morte de alguma vilã?.
Ultimamente todos a minha volta resolveram se transformar em intelectuais,leitores assíduos de filósofos que não conseguimos soletrar o nome.A moda do verão é filosofar,e entender de filosofia.Acredito que até o Carnaval perderá a sua inconsequência,os bafometros juntarão pó e as caixas de cerveja geladas desde de já perderam o amargo da cevada.Amarga é essa vida séria demais que não afrouxa a gravata e não anda sem meias.