domingo, 29 de abril de 2007

Carnaval

Acendia aquela vela
esperando que espantasse o escuro.
A casa era dela,
e o breu meu.
Não sei nada decor,
pra dizer no escuro de nossos corpos.
Era dona dos olhos,
que tocavam minha imaginação
de ter medo do escuro.
Sorria capaz de iluminar e me dar mais medo.
Pânico de jamais esquecer,
os lábios que me matavam.
Doce morte do desejo de sucumbi-la,
já não éramos tão heróis.
Bandidos de segredos,
assassinos de promessas.
Amantes dos planos,
ela acendia a luz e tudo terminava como começou.
Eu sem saber quem era ela,
e ela sem lembrar quem era eu.