sábado, 7 de julho de 2007
Me escreva .
Escrevi textos para amores que sequer conheci apaixonados que mudos não sabiam dizer o que sentiam. Narrei saudades que nunca foram sentidas, fiz cartões de aniversário e textos de formatura. Uma peça de teatro e alguns pedidos de desculpas, narrei vidas que foram apenas ouvidas e tenho a impressão que todos pra que escrevi são felizes de maneira desigual, sempre fingi que escrevia sem sentir, aquelas cartas que iam ser transcritas com outras letras e lidas sem minha voz.
... de onde ? pra onde?
A chuva interrompia o silencio, os latidos e água caindo dificultava o sono.Dormir sem a esperança de sonhar, nos faz acordar em pesadelos.A boca com sede exigindo que saia do quarto e devagar entre na chuva.Peça licença e dance,, no compasso da ausência da felicidade.Minta e finja, conheça o que quer ser, e não seja.Ser envolve a chuva que te molha os olhos, e disfarça as lágrimas que insistem em correr.Dobra a esquina e não olha pra trás.Não assobie.A paz vem com o tempo, e este por mais que lento, dará tempo ao tempo.
Tempo de não se molhar na chuva, e sim na esperança.
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