Uma família sabe tudo de você e você nunca sabe tudo de sua família. Daniel era culto e Couto, chamado por sua mãe de Coutinho, diminutivo herdado de seu Avô, homem que de pequeno só tinha a honestidade. A grandeza dos Coutos era branca, assim como os crimes de colarinho praticado por todos do sobrenome que perambulavam Brasília, desde quando uma década acontecia em dois anos e uma riqueza em dois instantes, tanta troca de asfalto e caminho, envileçar cidades e vender caro o malbarato, tantos jornais e tantas denúncias. Denuncio que Daniel não era bandido e nem mocinho. Demasiadamente covarde pra ser corrupto e corajoso demais pra ser honesto. Culto que era, queria deixar de ser Couto. Pensou em morrer, só pensou. Morrer era suicídio demais pra quem nem sabia viver e vivia pensando, de tanto pensar morreu burro e Couto.
terça-feira, 5 de maio de 2009
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