quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Pra trinta dias.


Um casal, dois jogadores e um amor defendido no xadrez.Pedras brancas pra eu começar este jogo que irá me terminar.Não existe vitória naquilo que sempre se perde.

Éramos amadores no jogo e no amor, o silêncio dessa ultima semana deixava claro; ela desejava o xeque-mate e eu um empate.

Foram três movimentos de uma tristeza em preto e branco, nenhum Bispo perdoaria a minha covardia em atacar aquele sorriso de Rainha dela com meus peões e torres.

Minhas opiniões fracassaram na defesa do meu rei, o deixei sozinho.Sem defesa e sem ninguém, assim como começamos e assim terminaremos sendo alguém que deseja viver sem ninguém.Ela terminaria antes da novela das seis e eu lamentaria até a das nove.

Dito e cruel, uma peça preta pra uma branca morrer.Um rei morto por um cavalo em “L”.A derrota era minha e dela.Podia ser uma melhor de três, mas amor a primeira vista não pode ter segunda chance.

Um xeque-mate, e ela apenas me pediu que não a mate por ser infeliz.

Não respondi, uni as peças pra dentro da caixa e olhei a única e ultima vez pra asassina do meu rei e coração.