sexta-feira, 25 de agosto de 2006
Carrossel
Pulava a terceira faixa de um disco velho, destes novos discos velhos, sem encarte ou capa, a sensação de ouvir algo perdido e desafinado era de desconhecer o passado juvenil e o idoso presente.
Vivo num passado que nem mesmo estive as minhas lembranças são vagas e desconstruídas desfaço do prazer de guardá-las, desfaço de ocasiões passadas, de dias que não choveram, não não.Não acho que o passado foi um imenso erro,errei poucas e agravantes vezes,errei em não sentir falta de abraços em ponto de ônibus,de goles em garrafas amigas e golas mal-passadas de camisa.
Se o passado faz o presente,o presente faz o futuro,e o futuro o que fará?
As musicas que tenho que jamais quis ouvir, os LP"s empoeirados que falam mais de mim,que estas linhas que não falam do amor que sinto,sinto em segredo, pois assim a vida não se atreve a se contrapor ao destino que escrevo nas cartas de tarô, nas linhas da minha mão e no brilho dos olhos.
O disco riscado gagueja e não me importo, se a nossa canção ainda toca em mim.
quinta-feira, 10 de agosto de 2006
E o seu alô?
Enamorei por toda tarde o negro e silencioso telefone,andava pela casa procurando tira-lo dos meus olhos,mas meus ouvidos não deixavam de ser atentos no meio da alta musica esperava o telefone me chamar.
Assim o dia passou,encostava nos batentes esperando algum tremor,deixava o silencio bem alto pra caso deste tocar eu correria e atropelava o vento e atendia,desperdiçada corrida as ligações eram mais enganos,procuravam por alguem que não sou,os desconhecidos eram procurados e eu ?
Lavava as mãos mas sempre as deixando seca,escovava os dentes pra não ter mau-halito no alô,no final da tarde teria que sair de casa,o desespero e se ele tocasse enquanto me ausentava,não ficará ninguem em casa,será uma chamada perdida.Troco de roupa,e a cada peça vestida olho pro telefone,este devia estar quebrado,linha cruzada,grampeado,pensei que havia muitas pessoas me ligando isso daria uma linha congestionada e ninguém conseguiria completar a ligação,doce mentira o telefone estava mudo havia horas,as horas passavam e estava atrasado.
Trancava a porta devagar,reabria fingindo esquecer algo apenas com a esperança que aquela tão esperada melodia soasse,não adiantava demorar desamarrava e amarrava o tênis algumas vezes mas a cada nó dado no meu cadarço pareçia apertar meu coração.
Na rua pensava,dobrava a esquina e escuto um telefone tocar,não era o meu os de casa ,estes não tocavam alto daquele jeito,soavam timidos e envergonhados talvez estivessem desacostumados a cantar.
Fiquei em outras casas,esperando voltar pra minha.Fingia a calma,petiscava algo rapido,mastigava mais rapido ainda inventei uma mentira e fugi de volta pra casa,abri o portão deixando o cadeado caido no chão,que a violência esperaria eu escutar a secretária eletronica.Tirei o telefone do gancho e nada de mensagens,mas calma ainda não era tão noite ainda poderiam me ligar,olho novamente pro relogio e vejo que sempre me ligava neste horário,antes do jantar pra me dar apetite.Penso me enganará dessa vez,ligará mais tarde pra me deixar aflito,agora é tarde demais e ela deve estar dormindo,e eu acordado por não ouvir aquela voz.
Termino o texto entreolhando o telefone,ela poderia ligar e fazer este texto sumir.
Ela não ligou.
Assim o dia passou,encostava nos batentes esperando algum tremor,deixava o silencio bem alto pra caso deste tocar eu correria e atropelava o vento e atendia,desperdiçada corrida as ligações eram mais enganos,procuravam por alguem que não sou,os desconhecidos eram procurados e eu ?
Lavava as mãos mas sempre as deixando seca,escovava os dentes pra não ter mau-halito no alô,no final da tarde teria que sair de casa,o desespero e se ele tocasse enquanto me ausentava,não ficará ninguem em casa,será uma chamada perdida.Troco de roupa,e a cada peça vestida olho pro telefone,este devia estar quebrado,linha cruzada,grampeado,pensei que havia muitas pessoas me ligando isso daria uma linha congestionada e ninguém conseguiria completar a ligação,doce mentira o telefone estava mudo havia horas,as horas passavam e estava atrasado.
Trancava a porta devagar,reabria fingindo esquecer algo apenas com a esperança que aquela tão esperada melodia soasse,não adiantava demorar desamarrava e amarrava o tênis algumas vezes mas a cada nó dado no meu cadarço pareçia apertar meu coração.
Na rua pensava,dobrava a esquina e escuto um telefone tocar,não era o meu os de casa ,estes não tocavam alto daquele jeito,soavam timidos e envergonhados talvez estivessem desacostumados a cantar.
Fiquei em outras casas,esperando voltar pra minha.Fingia a calma,petiscava algo rapido,mastigava mais rapido ainda inventei uma mentira e fugi de volta pra casa,abri o portão deixando o cadeado caido no chão,que a violência esperaria eu escutar a secretária eletronica.Tirei o telefone do gancho e nada de mensagens,mas calma ainda não era tão noite ainda poderiam me ligar,olho novamente pro relogio e vejo que sempre me ligava neste horário,antes do jantar pra me dar apetite.Penso me enganará dessa vez,ligará mais tarde pra me deixar aflito,agora é tarde demais e ela deve estar dormindo,e eu acordado por não ouvir aquela voz.
Termino o texto entreolhando o telefone,ela poderia ligar e fazer este texto sumir.
Ela não ligou.
sexta-feira, 4 de agosto de 2006
Velhos sapatos.
Sinceramente não reparei se seus sapatos são mais caros que os meus, se os ponteiros do teu relógio ofuscam as horas, aquele colar que ontem usava era de ouro ou de mentira?.A tua carteira está cheia ou vazia?Isso não me importa, a tua alma nada carrega nos meus versos, se teu vestido veio de Franca ou da França, que diferença isso faria na nossa dança?
O teu gerente te abraça ou te mata?O teu jantar foi de rei ou de plebeu?
Na mesma medida, seremos iguais num brinde de Champagne ou água com gás.
Se seus olhos não lêem a utopia, sejamos iguais.
www.fotolog.net/implied_sense
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