terça-feira, 7 de novembro de 2006

Mercur

Deixava o silêncio dizer que amor estava subentendido.As palavras nunca realmente dizem o que sentimos,não sinto em verbos,e não descrevo em adjetivos.Até porque ela era mais linda que a beleza da palavra,era Linda assim com letra maiúscula,linda que até mesmo Aurélio recusava descrição.
Nas conjunções que me faltavam,preenchia os espaços de minhas frases com sorrisos,dizia qualquer coisa errada afim que ela me corrigisse,era minha borracha.Caligrafia de minha língua,me beijava ensinando que mim nada fazia,que era eu que roubava o beijo.
Errôneo apaixonado,que na gramática do amor sabia apenas conjugar o amar.